terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A universidade é espaço para mediocridades?


Diante de preocupações próprias ou futilidades cotidianas, as pessoas acabam desviando suas atenções de práticas corriqueiras nocivas à sociedade. Realizações essas que se tornaram banais e que oferecem tantos perigos quanto semelhantes atos violentos ao redor do mundo. Esse é o caso do “trote”: conjunto de atividades, leves e/ou graves, que servem simbólica e historicamente como concretização da entrada do “calouro” à instituição. Você achou isso sensacionalista? É porque não conhece a verdadeira identidade dele...
O “trote estudantil” consiste no ritual mundial em que os “calouros”, estudantes recém-aprovados à inserção em cursos de graduação, são recepcionados pelos “veteranos” através das mais diversas atividades. A grande problemática encontra-se nessas “atividades”: os veteranos munem-se de atos bárbaros variados, desde a ovação propriamente dita à provocação de embriaguez, entre outros. Para uma análise menos superficial, é melhor, portanto, exemplificar tais atividades.
Comecemos pelas mais leves – embora sua classificação em “leve”, “moderado” ou “grave” dependa da concepção individual: utilização da raspagem de cabelo, da pintura corporal e outros artifícios não muito conhecidos, tais como:
- “Cotonete”*: o calouro tem até as próprias orelhas pintadas, seja por ter sido forçado a fazê-lo ou pelos dedos de algum veterano. Pode danificar o ouvido; todavia, no máximo, deixa a orelha do calouro com a(s) cor(es) da tinta por alguns dias;
- “Fila”*: os calouros são amarrados uns aos outros com cadarços de tênis - obviamente retirados dos tênis dos calouros. Formam uma fila indiana e são levados a um lugar conveniente aos veteranos, ou separados para a prática de outras atividades, tais como o pedágio;
- “Elefantinho”*: Similar à fila, mas os calouros devem dar-se as mãos (passando os braços por entre as pernas) ao invés de serem amarrados;
- “Gritar pelo tatu”*: Nessa prática, muito comum, os veteranos obrigam o “bixo” a se dirigir ao meio do pátio da instituição em um momento no qual seja relativamente grande a presença de pessoas e erguer alguma tampa de bueiro, boca-de-lobo, ou similar, e gritar incansavemente pelo tatu, o qual é um animal selvagem, e que, com certeza, não compreende nenhum tipo de dialeto falado pelo homem. Como conseqüência o calouro ficará gritando por horas, e, como o tatu não irá aparecer, os veteranos não ficarão satisfeitos, fazendo com que o calouro seja obrigado a pagar umas brejas para os veteranos envolvidos no ato;
- “Assustar o lixeiro”*: Prática que consiste no ato do calouro, previamente escolhido rigorosamente pelo grupo de veteranos se aproximar de um lixeiro qualquer, de preferência em uma área onde seja numerosa a presença de pessoas, e gritar incansavelmente para assustar o lixeiro. O calouro só irá parar quando o grupo de veteranos determinar que realmente o lixeiro se abalou emocionalmente e se moveu;
- “Manchar o currículo”*: Aqui, o veterano passa tinta com pincel ou o próprio dedo na parte glútea ou na região popularmente conhecida como cofrinho dos calouros.
Essas atitudes já transparecem uma falta de respeito física e moral com o ser humano, mas, vejam só!, são apenas as “leves”!
Logo após vêm as “moderadas”:
- “Mergulho”*: os calouros devem se molhar completamente entrando em piscinas, fontes, etc.;
- “Pedágio”*: os calouros devem pedir dinheiro nos sinais aos motoristas para reunir uma quantia que permita aos veteranos tomar bebidas alcoólicas, sendo supervisionados por estes, que só os liberam quando já se reuniu dinheiro suficiente;
- “Animação da viagem”*: nessa prática, possível somente com calouros e veteranos que se deslocam até a instituição através de ônibus ou veículo similar, os “bixos” devem se dirigir às janelas do veículo e no momento em que estiverem passando por uma aglomeração de pessoas, gritem frases humilhantes no intuito de chamar a atenção para si;
- “Cuspe ao vento”*: quando o onibus que transporta os veteranos e calouros estiver em velocidade adequada (50-100 Km/h), um veterano deve armazenar grande quantidade de saliva em sua boca. Após, um calouro deve ir a uma janela ao fundo do onibus, enquanto o(s) veterano(s), em uma janela a frente a do calouro, cospem em direção à sua boca. O calouro que conseguir ingerir TODA a saliva expelida pelo veterano, estará livre dos trotes seguintes;
- “Suspensão”*: praticada normalmente apenas contra calouros do sexo masculino. Geralmente dada como punição por não cumprimento de determinações dos veteranos. Um veterano forte fica atrás do bixo e lhe aplica um cuecão ou puxa a sua calça ou bermuda para cima a ponto de suspendê-lo por completo.
Só ao ver essas não precisaria nem citar as ditas “graves”, pois elas explicitam toda a mediocridade desse ritual deplorável. Para melhor argumentação, porém, é necessária a lista das “graves”, as quais são:
- “Agressão”*: é a reação a algum calouro que se recuse a se submeter à vontade dos veteranos, que podem "marcá-lo" e tornar sua vida naquela instituição um inferno;
- “Provocação de embriaguez”*: são feitos concursos ou simplesmente força-se o calouro a ingerir bebidas alcoólicas (cerveja, cachaça, vinho, etc.) o quanto puder, ou até o vômito;
- “Mastiguinha”*: força-se o calouro a ingerir comida previamente mastigada por um veterano;
- “Reforço”*: o calouro é forçado a ingerir uma mistura indigesta de ovo, farinha crua, maionese, mostarda, vinagre e até papéis;
- “Chispada”*: o calouro deve correr nu em público, o que pode levá-lo detido à delegacia para prestar esclarecimentos;
- “Vômito congelado”*: os veteranos armazenam vômitos congelados e depois forçam os calouros a ingeri-los;
- “Pastinha”*: o calouro deve passar pasta de dente no pênis e se masturbar na frente dos veteranos;
- “Rolo compressor”*: o calouro deve rolar nu sobre vários outros calouros, igualmente nus.
OBS.: Ressalta-se um detalhe importante: as práticas supra-citadas NÃO OCORREM EM TODOS os estabelecimentos de gradução: muitas instituições permitem a realização do “trote estudantil” sob vigilância de seguranças e dentro de muitas restrições, já outras PROIBEM o acometimento desse ritual ou realizam o “trote solidário”, que será melhor explanado a frente.

Todas esses atos ignóbeis supra-citados permitem refletir sobre um aspecto: a universidade, berço do conhecimento, é espaço para a concretização de tamanha mediocridade e barbárie? O universitário não tem maturidade suficiente pra compreender que “o corpo é um templo” (by Alex Valadares) e que existem limites para uma brincadeira? Bem, você entendeu minha mensagem, não vou mais alongar tanto esse texto...

Porque o “trote” não se torna ilegal?
Tal ritual envolve uma relação de poder implícita. Ou seja, o “bixo” submete-se a todas essas ações primitivas para um dia tornar-se o “veterano” e poder, portanto, massacrar, desrespeitar e descontar o que sofreu. A problemática consiste, contudo, na contribuição, mesmo que acidental, no aumento da violência, pois a revidação torna-se gradativamente mais violenta, causando lesões graves ou até mesmo mortes, como o famoso caso de Edison Tsung Chi Hsueh, calouro da Faculdade de Medicina da USP, morto afogado por não saber nadar em um trote estudantil em 1999.
Devido às inúmeras consequências, muitas soluções foram expostas para o fim ou a melhora dessa atividade ritualística. Um exemplo é o “trote solidário”, o qual contempla a realização de atividades sociais como a doação de sangue, de comida etc. Essa opção é excelente, além de ser, sobretudo, conscientizadora. Mais interessante ainda seria a realização de festas de integração dos alunos à faculdade em conjunto com uma exposição de trabalhos internos. O aluno, portanto, estaria mais interessado em ir à faculdade, ao invés de querer faltar as primeiras semanas para não sofrer o trote.
José Venas

* Os termos e suas definições foram tirados da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Trote_estudantil).

15 comentários:

Anônimo disse...

Este texto nos faz pensar a respeito de algumas questões que infelizmente estão bastante silenciadas ainda!
Toda a denúncia séria é positiva!

Anônimo disse...

Este texto nos faz pensar a respeito de algumas questões que infelizmente estão bastante silenciadas ainda!
Toda a denúncia séria é positiva!

Anônimo disse...

Acho que foi um momento de revolta legítimo de nosso colega, mas creio (e espero) que a maior paste desses trotes mais pesados são raríssimos ou inexistentes hoje.

Mas continue escrevendo e expressando sua raiva!

Anônimo disse...

Raríssimos e inexistentes nem tanto,caro Túlio. Há poucas semanas lembro-me de ter visto uma reportagem na Rede Record que mostrou principalmente os casos de "fila","elefantinho","assustar o lixeiro","suspensão","pedágio" e muitas agressões físicas em faculdades particulares de SP, nos trotes do EUA e principalmente na famosa PRAXE - que é o mesmo que trote - na Universidade de Coimbra em Portugal.

Ramon disse...

Texto sensasionalista e desnecessário.

Trote aqui eh de boa e TODO mundo gosta.

Anônimo disse...

Caro Ramon,
sobre muitos atos como a "pastinha", "cuspe ao vento" e as agressões físicas eu posso concordar com você...
Mas em muitas universidades hodiernamente os veteranos ROUBAM o dinheiro dos calouros pra comprar bebidas alcoólicas,jogam-lhe tintas e outras misturas DUVIDOSAS,além de,claro,RASPAR o cabelo do "bixo". Acho isso um absurdo e uma falta imensurável de respeito.
E digo-lhe uma coisa: nem todo mundo gosta! Se gostassem, muitos não filariam as primeiras semanas de aula ou exporiam sua revolta.

Guilherme Vasconcelos disse...

Os calouros deveriam ser recepcionados de forma menos hostil e mais integradora. A Universidade é uma nova e importante etapa de suas vidas. E como quase toda novidade, traz insegurança. O trote, quando agressivo e desrespeitoso, só aumenta essa insegurança.

São palavras óbvias, eu sei. Mas o texto também é óbvio. Esse assunto já começa esgotado.

Unknown disse...

Venas,
Apoio seu texto na medida em que ele denuncia os trotes mais violentos. Contudo, ressalto que em muitas faculdades, a exemplo da faculdade de direito da Ufba, o trote tem um caráter muito mais festivo do que humilhante. Em nossa faculdade o trote é tomado como momento de socialização com os veteranos e de diversão, sendo ansiado inclusive.
De qualquer maneira, parabéns pelo texto. É bastante válido denunciar a violência. =)
Atenciosamente,
J.M.F.S.

J. Junior disse...

Você acha que Cortar o cabelo é um desrespeito ao calouro (ou, como supracitado em argumento de autoridade, ao seu "templo"?)


Na boa...
Bate uma punheta e depois lê um livro. Ou vice-versa.

Só não esporra em cima do "Corão"...


É cada uma...

Anônimo disse...

O engraçado, "mr. dots", é que você blasfema e não argumenta. Isso é típico de pessoas como os veteranos "playboyzinhos": depreciativas, subversivas,primitivas e acéfalas, cheias de discursos ideológicos pseudo-inferiorizantes...

Mas mesmo assim respondo a seu questionamento: raspar o cabelo de, sobretudo, um desconhecido é, sim!,uma falta de respeito. Existem pessoas que cultivam seus cabelos como você cultiva sua ponheta.

Quer um conselho? Revise seus conceitos.

Anônimo disse...

Esse é o texto de apresentação da home-page da ANTI-TROTE (www.antitrote.org), uma ONG contra tais rituais bárbaros...

"Nos dias 14 e 15 de maio de 2007, alunos trotistas da ESALQ realizaram protestos contra a carta da Congregacao. Atos de vandalismo no restaurante e no ginásio de esportes levaram ao fechamento destes. (Veja depoimentos - Manifestações na ESALQ I)

No dia 05/02/07, o ingressante da UNAERP (Ribeirão Preto - SP), Frederico Além Alves de 18 anos foi internado no Hospital São Lucas com um princípio de coma alcoólico (Folha de S. Paulo, 08/02/2007, Cotidiano p.C7). Uma aluna de 17 anos da Universidade Cidade de São Paulo registrou queixa na 5a Delegacia de Defesa da Mulher por ter sido despida e humilhada durante o trote (Folha Online, 09/02/2007). Os alunos de primeiro ano da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco tiveram um confronto com os trotistas daquela instituição (depoimento neste site). Alunos de primeiro ano estão sendo ameaçados e torturados, muitas vezes, sob as vistas da direção das Instituições de Ensino Superior. O MEC e os demais responsáveis pelo ensino superior no Brasil nada fazem.

Este site dedica-se a combater todas as formas de trote, quer sejam consideradas como brincadeiras ou como violência. Para nós, o trote é sempre desrespeito, violência, tortura. Por isso, não pode existir trote solidário, cultural, ecológico. Atividades de cunho social, cultural e ambiental não devem ser chamadas de trote.
As palavras trote, calouro, veterano, bicho, bixo, e outras tantas relacionadas ao trote precisam ser banidas do vocabulário da Universidade. São palavras que ensinam a opressão.
Estamos convencidos de que o trote é um assunto muito mais importante para a Universidade do que, em geral, se pensa. A cultura trotista degrada a vida cultural e acadêmica dos universitários, criando um ambiente propício à barbárie. Esta cultura compromete a formação pessoal e profissional dos alunos.
Neste site, você encontrará artigos científicos e jornalísticos a respeito do trote e links para outros sites que possuem conteúdo sobre o assunto. Aqui também existem links para sites que expõem fotos de atividades trotistas. Note que muitas destas fotos encontram-se hospedadas em sites de Universidades Públicas.
Cursinhos, colégios, Universidades, bancos, ONG's e outras organizações utilizam imagens do trote para a sua autopromoção. Pensamos que isto deveria ser proibido por lei. Como um todo, as atividades trotistas deveriam ser caracterizadas como crimes. Os organizadores dessas atividades deveriam ser legalmente responsabilizados. O mesmo deveria ocorrer com os dirigentes universitários que estimulam ou se omitem diante do trote."

Alguém mais aí questiona alguma coisa?

J. Junior disse...

Sim, eu questiono!

Questiono pois já dei vários trotes e você, meu amigo, aplica-se muito bem a um termo conhecido no meio social qual estou integrado: Um generalista (o que não é de todo ruim).

O ruim é o alarme enorme que você faz para algo que muitas vezes - na realidade qual participo - é saudável.


Pseudo-inferiorizante é o vocabulário que você utiliza aqui. Utilizando argumentos de autoridade sem saber sua aplicação correta (Agora sim, que é de todo ruim); usando vocabulário erudito na espectativa de sobrepor aos demais. A sua sobrecarga na grafia revela bem a sua ausência intelectual mascarada pela masturbação do ego.

Não me espantaria NADA se você também estivesse oferecendo um milhão de dólares pela cabeça de um chargista.

Sabe o que me recorda?
Dervixes extremistas.

Frustradinho de merda.



Não gostou da punheta?
Vai plantar uma árvore.

Anônimo disse...

Tenho nada contra o ato de "questionar". É a partir disso que as pessoas desenvolvem sua criticidade, emitem sua opinião e desmitificam pré-concepções. Eu aceito as críticas,mas as CONSTRUTIVAS. Grande exemplo disso está no comentário do Guilherme: "[...] o texto também é óbvio. Esse assunto já começa esgotado". Isso ajuda a pessoa a crescer.
Agora a sua,mr. dots, só objetivou o desrespeito ao escritor.
Frustado,eu? Então quer dizer que todas as pessoas que procuram defender sua integridade são frustados?
Talvez você não passou SEIS MESES tendo seu caderno RASGADO,RABISCADO e ROUBADO; talvez você não teve seu dinheiro ROUBADO nas centenas de pré-trotes e no trote; talvez você não foi humilhado inúmeras vezes nos corredores na universidade; talvez seu cabelo não foi cortado depois de tanto tempo o cultivando. Você acha isso SAUDÁVEL?

Pra um leitor de Gabriel García Marquez e, sobretudo, pra um estudante de Psicologia, aconselho mais uma vez: reveja seus conceitos.

PS.: Entre árvores e monges, pior que utilizar conceitos incorretamente - do que eu discordo completamente - é escrever a palavra EXPECTATIVA errada.

J. Junior disse...

Já que chegamos a suposição (característica presente na maioria dos comunicadores mas, infelizmente, nulificante dos próprios) eu vou fazer algumas. Estava - mesmo - aguardando por esse momento.

Tu cursa o que, meu rapaz? Jornalismo / Comunicação? Porque, ao menos no meu curso, aprendi que devemos sempre averiguar cada informação que chega até nós. Dentro deste contexto, pergunto: Eu estudo psicologia?

Se me permitir, respondo: Não.

" Às críticas construtivas " - A mesma praça, o mesmo banco, a mesma tecla e o mesmo discurso. Existem duas diferenças de crítica (aprofundo-me no quesito depois): contra o texto e contra o autor. Podemos criticar o texto, geralmente, quando ele é informativo. Coasivo no caso da não-necessidade de opinião. Contudo, como o "colega" deve saber, sempre que criamos um texto opinativo colocamos em pauta a nossa pessoa - a mesma que passa a ser alvo de críticas, por muitas vezes, no lugar do texto.

Veja bem, reforço: Não estou criticando o teu texto. Deixadas de lada uma gafe ou outra (passível de todo ser humano), o texto é bom.

Como você deduziu, estou criticando a sua mentalidade. Essa mentalidade ultrapassada de que devemos entrar na universidade enforcando-nos em nossas gravatas. Pagando com elas - como dizem os índios - por nossos crimes.

Estou criticando é esse shownarlismo que você faz aqui. Isso daria uma ótima reportagem para o "Cotidiano" do agora. Quem sabe uma capa, num dia de pautas frias. Com sorte, rola até uma suíte...

Estou criticando, retorno, a essa estupidez que você diz. Acusando o trote como se ele fosse o culpado. O trote não corta seu cabelo, meu amigo. Pessoas o fazem. Culpe as pessoas, não o ato - que é sadio em todo local do mundo.

Cortar o cabelo de "bixos" ou, como você prefere dizer, "calouros" não é uma agressão não. Pode ser visto como uma celebração por muitos. Mas aí entramos no quesito de cultura, né? E, se vamos falar de cultura, vamos remeter a sociologia. Invariavelmente vamos discutir sobre Adorno.

Mas se me permitir eu simplifico. Além de simplicar pretendo ser coeso: Você é um radical. Cheio de pedras na mão, mas sem uma ideologia razoável na cabela.

Sabe a diferença que separa o teu supracitado Fidel com o nosso querido Chavéz? Fidel tinha, ao menos em seu pressuposto uma idelogogia. Chavéz quer poder e polêmica. Uma revolução sem sentido.



E você, meu amigo? Que você deseja além de redigir um artigo completamente parcial, completamente sensacionalista e, por fim, absurdo?


COORDIALMENTE,
Junior.

Anônimo disse...

O trote violento, como se consagrou chamar, se trata de um ato de demarcação de território: as fêmeas são exibias, medidas e selecionadas e os novos ocupantes do território são todos humilhados. A incoerência está em iniciar o período de maior produção intelectual da vida com um ato que não se difere de um animal irracional. É mais fácil integrar os calouros com práticas já conhecidas (beber, fumar, transar) e acentuá-las do que fomentar novas práticas como, por exemplo, ter interesse político ou produzir material científico. Mas viva a integração seja ela razoável ou não! Quanto a mim, continuo procurando bons companheiros de bar...