terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

2008 será como 1984?



Esta genial propaganda televisiva é considereda por muitos especialistas como a melhor de toda a história. Era início de 1984, o mundo vivia o prelúdio da revolução digital e, realmente, naquele momento, as visões do não menos genial George Orwell em seu clássico livro homônimo a este determinado ano não haviam sido confirmadas. A Apple, nos seus áureos tempos com Steve Jobs(uma figura tão ímpar que transformou para sempre a computação do estigma nerd para uma órbita cool) no comando, anunciava ao mundo o ousado Macintosh. Pela primeira vez, uma máquina com design arrojado e elegante para o uso pessoal, além é claro de apresentar uma agradabilíssima interface gráfica para seu sistema operacional. Este lançamento especialíssimo teve sua campanha publicitária comandada pelo legendário Jay Chiat. O vídeo em questão foi exibido comercialmente, apenas, uma única vez: no intervalo da final da liga nacional de futebol americano, o Super Bowl(o intervalo mais caro da televisão em todo o mundo). Ele ganhou diversos prêmios, é tido como um grande paradigma na propaganda até hoje e foi dirigido pelo Sir Ridley Scott(sim, aquele mesmo de "Blade Runner" e "Gladiador").


É sempre bom revê-lo, apesar de sua intenção óbvia unicamente mercadológica, nos leva sempre a boas reflexões a respeito de nossas posturas e escolhas. O que é sempre saudável em tempos que se discute o que é liberdade, ainda mais com o "mitológico" Fidel Castro novamente "em voga"! Assistam, navegadores!


Otávio Bessa


Obs: Que 2008 não seja como 1984!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A Fidelidade em cheque- Parte I


Em 1954, Fidel era julgado pela invasão mal-sucedida do quartel de Montágua em Santiago de Cuba. Em seu discurso de defesa, declarou em tom profético: "a História me absolverá".Hoje, em 2008, a grande pergunta é se a História realmente o irá absolver.


Digo que, num país onde todos tem acesso a saúde pública de qualidade, com a menor taxa de analfabetismo das Américas(sim, menor até mesmo do que de EUA e Canadá) e que todos tem oportunidades à prática esportiva, há, possivelmente, muito mais democracia(poder e participação popular, igualdade de condições e oportunidades) do que numa nação semi-escravista como o Brasil do século XIX, XX ou XXI. Cuba com uma população menor que o estado da Bahia é, por exemplo, a maior potência olímpica do continente americano, com 170 medalhas, todas elas conquistadas a partir dos Jogos Olímpicos de Munique(Fidel entrou no poder em 1959).


Esta inferência, no entanto, realmente não parece tão clara para todos. Os prismas sobre a ilha caribenha sempre foram, excessivamente, viciosos e passionais. Os dados sobre desrespeitos dos direitos humanos, por exemplo, são muito questionáveis. Cuba sempre foi um agente de polarização. Era "satanizada" pelos regimes militares e havia um grande medo de que aquilo se tornasse um modelo para toda América Latina, sem dúvida, foi uma das principais causas para o apoio estadunidense aos vários e violentos golpes de Estado na região. Os exilados brasileiros voltaram dizendo maravilhas da Revolução Cubana e dos avanços no país, angariando forte simpatia deste governo em setores tupiniquins. Bem ou mal, há, segundo a Anistia Internacional, hoje em Cuba 250 "presidiários por consciência", dentre os quais 38 por críticas explícitas ao governo. Em 2005, um grande admirador do regime cubano rompeu com Fidel: José de Saramago declarou-se decepecionado pelo fuzilamento sumário de três homens que sequestraram uma balsa par fugir para a Flórida. Em contraste a isto, o que não se divulga, também, é a constante tortura de imigrantes cubanos ilegais que se envolvem com crimes nos subúrbios de Miami. São comumente torturados e sofrem duros castigos físicos, isto é oriundo da ausência de uma relação diplomática entre seu pai e o Tio Sam, não tendo, assim, mecanismos para recorrer e buscar uma proteção nas terra ianques


Sem julgamentos precipitados do mitológico comandante, please. O fato é que o revolucionário Fidel ainda tem ampla aceitação e apoio do povo cubano. Não confundam a liberdade de Cuba com Cuba Libre. Coca-Cola, mesmo que com o run local, não é sinônimo de livre expressão, nem mesmo de "livre-iniciativa".



Otávio Bessa



Obs: este assunto é grande. Prometo uma análise mais minuciosa dos 49 anos de castrismo no poder depois.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

A vingança nunca foi tão retratada no cinema como nesta década. Filmes com essa temática tem tido produções diversas, como ‘Kill Bill’, do diretor americano e badalado Quentin Tarantino, até ‘Oldboy’, do diretor coreano Chan-wook Park. São filmes de culturas diferentes, que enriquecem a análise de atitudes humanas tão complexas como a vingança. Esses filmes, apesar de riquíssimos, têm entrado num processo de saturação devido à falta de novidades, da mesmice dos roteiros. Tim Burton, porém, deu um novo fôlego pra essa temática com seu lançamento ’Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet ‘. Ele constrói um filme do gênero repleto de aspectos sombrios e góticos, próprios do diretor americano, porém com um diferencial, algo realmente atraente. A presença de músicas, muitas músicas, faz desse filme uma bela obra, baseada na peça de Stephen Sondheim e Hugh Wheeler para um musical da Broadway.

A história é ambientada em uma Londres sombria, suja, habitadas por seres desprezíveis, o que inclui, naturalmente, os humanos. A grande massa miserável e oprimida pelos processos industriais, pelas autoridades e pela burocracia tenta sobreviver; os opressores, apesar de possuírem o capital, continuam imundos e cínicos. É pra este contexto social que retorna, depois de 15 anos, Benjamin Barker (o sempre competente e carismático Johnny Deep), um barbeiro que foi preso injustamente por um juiz aproveitador, interpretado por Alan Hickman que, interessado pela sua esposa Lucy (Laura Michelle Kelly), extradita Benjamin. Quando retorna para a sua cidade, ele descobre, por intermédio da sra. Lovett (Helena Boham Carter), que a sua mulher cometera suicídio e sua filha Johanna fora adotada pelo seu maior inimigo, o juiz Turpin.

Só uma coisa é objetivada por Benjamin Barker a partir de então: vingança. Um desejo insaciável toma conta do seu corpo aos poucos, deixando-o cada vez mais frio e infeliz. Ele cria, então, um plano, uma espécie de parceria macabra com a sra. Lovett: ela cede o andar de cima de sua loja de tortas para que ele exerça sua profissão de barbeiro,com o pseudônimo de Sweeney Todd, matando os clientes como se mata animais, para que eles sirvam como uma espécie de tempero para suas tortas, apelidadas carinhosamente como “ as piores tortas de Londres”.

Paralelamente a isso, uma história de romance é contada. Ela envolve dois jovens, o marinheiro Anthony Hope (o promissor Jamie Campbell Bower), que havia conhecido Benjamin na sua volta marítima e Johanna (Jayne Wisener), desejada pelo juiz Turpin, que deseja casar com a bela, utilizando dos meios mais violentos pra espantar o rapaz das redondezas.

’Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet ‘ conduz a história muito bem, apesar de se repetir em determinados momentos, com músicas parecidas, mas muito bem compostas. A fotografia é impecável, com tons fortes, que destacam o vermelho do sangue, que aparece muitas vezes à medida que o filme caminha pro seu clímax. Além disso, as atuações dos protagonistas e dos coadjuvantes se completam, criando personagens complexos e carismáticos ao mesmo tempo, como o também barbeiro Signor Pirelli, interpretado por Sacha Baron Cohen, mais conhecido por ter protagonizado o satírico ‘Borat’, que com um papel curto consegue instigar o público.

O final reserva algumas surpresas, além de uma cena final poética e violenta. Para que se chegue até ela, o espectador que não tem certa simpatia por musicais, provavelmente irá se sentir cansado devido ao grande número de músicas. Porém, o longa merece ser visto, principalmente pela bela direção do grande diretor Tim Burton, que transforma o feio no belo, o gótico no poético e consegue absorver o máximo dos atores, com uma concepção visual que é um verdadeiro deleite para os espectadores.

Alexandre Rios.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Outra vez a Velha Infância


Cada vez que vejo o meu irmão mais novo assistir, com empolgação inerente a uma criança de sete anos, a episódios de desenho animado na TV, fico a me lembrar dos meus tempos de criança, quando fazia a mesmíssima coisa.

Enquanto, juntamente com ele, acompanhava a um desenho intitulado “As Tartarugas Mutantes Ninja” fui aos poucos me lembrando desse mesmo cartum, só que transmutado para a década de 90, quando se chamava apenas “As Tartarugas Ninja”. Recordei-me imediatamente do jargão próprio daqueles indivíduos, o famoso “Santa Tartaruga!” e esperei ansiosamente pelo momento em que eles diriam novamente aquela frase que eu tinha certeza que me traria de volta aos meus tempos de alfabetização, primeira série. Tamanha foi a minha decepção quando Rafael (a tartaruga mais extrovertida dentre as quatro da série) exclamou: Santa Pizza!

Todos nós sabemos que a reedição e reformulação de algumas séries antigas como a já supracitada Tartarugas Ninja além de outras de super-herói como He-Man e Homem Aranha é comum nos dias de hoje. A história acaba sendo a mesma, porém a abordagem é um pouco diferenciada, em conexão com os acontecimentos, modos de vida e tecnologias atuais. Mesmo assim, confesso que ao ouvir aquilo senti uma grande tristeza.
Já que aquele desenho havia ultrapassado a barreira temporal, resolvi perguntar ao meu pequeno irmão se ele já havia ouvido falar, ou até mesmo assistido, a saudosos desenhos de minha época. Perguntei-lhe primeiramente sobre o Capitão Planeta, glorioso herói que era convidado a combater em prol do Meio Ambiente cada vez que cinco garotos, os chamados “Protetores”, combinavam elementos da natureza (Terra, Fogo, Vento, Água e Coração) através de anéis de poder. Para meio espanto ele nunca tinha ouvido falar.

Depois indaguei sobre outro de meus tempos, o Perdido Nas Estrelas, desenho o qual um garoto possuía uma luva de beisebol que realizava desejos. Era somente ele subir em sua casa na árvore (nesse tempo todo mundo queria ter uma), calçar a sua luva e bater com o outro punho nela dizendo: “Eu desejo ser rico, eu desejo ser rico, eu desejo ser rico” imediatamente o desejo se realizava e terminava ao prazo de um dia. A resposta dele foi negativa, novamente.

Nesse momento resolvi apelar. Perguntei sobre o “Caverna do Dragão” desenho que inclusive ainda passa, às vezes, na Rede Globo de TV. “Às vezes” foi também o que ele me respondeu.

Não era possível que ele não apreciava nenhum espetáculo animado que tanto mobilizou a minha infância. Tentei o Corrida Maluca, o Animaniacs, Jiraya (este me custou algumas surras, pois ao lutar contra o vento imitando o personagem, cheguei a quebrar alguns pertences de minha mãe), Jaspion, Capitão Caverna, De volta Para o Futuro (nesse, ao fim de cada episódio o professor ensinava alguma experiência. Passei um ano de minha vida querendo ser cientista.), Doug Funny, Gato Félix, Caça-Fantasmas, Fievel - Um conto Americano, Gasparzinho, Thundercats, Inspetor Bugiganga, Johnny Quest, Pink e Cérebro, Ligeirinho, Manda-Chuva e seus amigos, o Máscara, Fantástico Mundo de Bob, Ursinhos Carinhosos, Riquinho, Zé Colméia, Tico e Teco e... Nada! Não conhecia quase nenhum!

Depois dessa infeliz constatação, fico a me perguntar o que mais, além das mudanças tecnológicas e de visão de mundo, fez grandes obras animadas se esfacelarem com o passar dos anos. Será que a inocência contida naquelas obras não é mais compatível com os novos ares da sociedade? Será que ideais de vida condizentes com o tão saudado “Carpe Diem” dos desenhos animados antigos não mais entoam com o sentimento de tensão e frustração que as novas crianças são expostas diariamente nos meios sociais? Por que será que apenas desenhos que instigam a luta e a competição, como Cavaleiros do Zodíaco e Pokemom, foram preservados e levados de volta a programas matinais infantis? Será que essa preservação foi premeditada ou é só mais uma mera coincidência? É claro que generalizar é um ato indecoroso. Ainda existem desenhos antigos que estão no gosto dos meninos mais novos, como Mickey e Pernalonga, por força da marca, talvez. Mesmo assim esta é, sem dúvida, uma parcela muito pequena dentre a infinidade de obras que existiram e encantaram outrora.

Reflexões a parte, resolvi mostrá-lo esses desenhos antigos na internet (mostrá-lo, não. Na verdade quem queria realmente ver era eu. Para ele, acho que pouco importaria. Mesmo assim ele aprovou a idéia) e passamos (ou seria passei?) horas tendo mais ou menos a mesma idade: sete anos.

Felipe Vega

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A universidade é espaço para mediocridades?


Diante de preocupações próprias ou futilidades cotidianas, as pessoas acabam desviando suas atenções de práticas corriqueiras nocivas à sociedade. Realizações essas que se tornaram banais e que oferecem tantos perigos quanto semelhantes atos violentos ao redor do mundo. Esse é o caso do “trote”: conjunto de atividades, leves e/ou graves, que servem simbólica e historicamente como concretização da entrada do “calouro” à instituição. Você achou isso sensacionalista? É porque não conhece a verdadeira identidade dele...
O “trote estudantil” consiste no ritual mundial em que os “calouros”, estudantes recém-aprovados à inserção em cursos de graduação, são recepcionados pelos “veteranos” através das mais diversas atividades. A grande problemática encontra-se nessas “atividades”: os veteranos munem-se de atos bárbaros variados, desde a ovação propriamente dita à provocação de embriaguez, entre outros. Para uma análise menos superficial, é melhor, portanto, exemplificar tais atividades.
Comecemos pelas mais leves – embora sua classificação em “leve”, “moderado” ou “grave” dependa da concepção individual: utilização da raspagem de cabelo, da pintura corporal e outros artifícios não muito conhecidos, tais como:
- “Cotonete”*: o calouro tem até as próprias orelhas pintadas, seja por ter sido forçado a fazê-lo ou pelos dedos de algum veterano. Pode danificar o ouvido; todavia, no máximo, deixa a orelha do calouro com a(s) cor(es) da tinta por alguns dias;
- “Fila”*: os calouros são amarrados uns aos outros com cadarços de tênis - obviamente retirados dos tênis dos calouros. Formam uma fila indiana e são levados a um lugar conveniente aos veteranos, ou separados para a prática de outras atividades, tais como o pedágio;
- “Elefantinho”*: Similar à fila, mas os calouros devem dar-se as mãos (passando os braços por entre as pernas) ao invés de serem amarrados;
- “Gritar pelo tatu”*: Nessa prática, muito comum, os veteranos obrigam o “bixo” a se dirigir ao meio do pátio da instituição em um momento no qual seja relativamente grande a presença de pessoas e erguer alguma tampa de bueiro, boca-de-lobo, ou similar, e gritar incansavemente pelo tatu, o qual é um animal selvagem, e que, com certeza, não compreende nenhum tipo de dialeto falado pelo homem. Como conseqüência o calouro ficará gritando por horas, e, como o tatu não irá aparecer, os veteranos não ficarão satisfeitos, fazendo com que o calouro seja obrigado a pagar umas brejas para os veteranos envolvidos no ato;
- “Assustar o lixeiro”*: Prática que consiste no ato do calouro, previamente escolhido rigorosamente pelo grupo de veteranos se aproximar de um lixeiro qualquer, de preferência em uma área onde seja numerosa a presença de pessoas, e gritar incansavelmente para assustar o lixeiro. O calouro só irá parar quando o grupo de veteranos determinar que realmente o lixeiro se abalou emocionalmente e se moveu;
- “Manchar o currículo”*: Aqui, o veterano passa tinta com pincel ou o próprio dedo na parte glútea ou na região popularmente conhecida como cofrinho dos calouros.
Essas atitudes já transparecem uma falta de respeito física e moral com o ser humano, mas, vejam só!, são apenas as “leves”!
Logo após vêm as “moderadas”:
- “Mergulho”*: os calouros devem se molhar completamente entrando em piscinas, fontes, etc.;
- “Pedágio”*: os calouros devem pedir dinheiro nos sinais aos motoristas para reunir uma quantia que permita aos veteranos tomar bebidas alcoólicas, sendo supervisionados por estes, que só os liberam quando já se reuniu dinheiro suficiente;
- “Animação da viagem”*: nessa prática, possível somente com calouros e veteranos que se deslocam até a instituição através de ônibus ou veículo similar, os “bixos” devem se dirigir às janelas do veículo e no momento em que estiverem passando por uma aglomeração de pessoas, gritem frases humilhantes no intuito de chamar a atenção para si;
- “Cuspe ao vento”*: quando o onibus que transporta os veteranos e calouros estiver em velocidade adequada (50-100 Km/h), um veterano deve armazenar grande quantidade de saliva em sua boca. Após, um calouro deve ir a uma janela ao fundo do onibus, enquanto o(s) veterano(s), em uma janela a frente a do calouro, cospem em direção à sua boca. O calouro que conseguir ingerir TODA a saliva expelida pelo veterano, estará livre dos trotes seguintes;
- “Suspensão”*: praticada normalmente apenas contra calouros do sexo masculino. Geralmente dada como punição por não cumprimento de determinações dos veteranos. Um veterano forte fica atrás do bixo e lhe aplica um cuecão ou puxa a sua calça ou bermuda para cima a ponto de suspendê-lo por completo.
Só ao ver essas não precisaria nem citar as ditas “graves”, pois elas explicitam toda a mediocridade desse ritual deplorável. Para melhor argumentação, porém, é necessária a lista das “graves”, as quais são:
- “Agressão”*: é a reação a algum calouro que se recuse a se submeter à vontade dos veteranos, que podem "marcá-lo" e tornar sua vida naquela instituição um inferno;
- “Provocação de embriaguez”*: são feitos concursos ou simplesmente força-se o calouro a ingerir bebidas alcoólicas (cerveja, cachaça, vinho, etc.) o quanto puder, ou até o vômito;
- “Mastiguinha”*: força-se o calouro a ingerir comida previamente mastigada por um veterano;
- “Reforço”*: o calouro é forçado a ingerir uma mistura indigesta de ovo, farinha crua, maionese, mostarda, vinagre e até papéis;
- “Chispada”*: o calouro deve correr nu em público, o que pode levá-lo detido à delegacia para prestar esclarecimentos;
- “Vômito congelado”*: os veteranos armazenam vômitos congelados e depois forçam os calouros a ingeri-los;
- “Pastinha”*: o calouro deve passar pasta de dente no pênis e se masturbar na frente dos veteranos;
- “Rolo compressor”*: o calouro deve rolar nu sobre vários outros calouros, igualmente nus.
OBS.: Ressalta-se um detalhe importante: as práticas supra-citadas NÃO OCORREM EM TODOS os estabelecimentos de gradução: muitas instituições permitem a realização do “trote estudantil” sob vigilância de seguranças e dentro de muitas restrições, já outras PROIBEM o acometimento desse ritual ou realizam o “trote solidário”, que será melhor explanado a frente.

Todas esses atos ignóbeis supra-citados permitem refletir sobre um aspecto: a universidade, berço do conhecimento, é espaço para a concretização de tamanha mediocridade e barbárie? O universitário não tem maturidade suficiente pra compreender que “o corpo é um templo” (by Alex Valadares) e que existem limites para uma brincadeira? Bem, você entendeu minha mensagem, não vou mais alongar tanto esse texto...

Porque o “trote” não se torna ilegal?
Tal ritual envolve uma relação de poder implícita. Ou seja, o “bixo” submete-se a todas essas ações primitivas para um dia tornar-se o “veterano” e poder, portanto, massacrar, desrespeitar e descontar o que sofreu. A problemática consiste, contudo, na contribuição, mesmo que acidental, no aumento da violência, pois a revidação torna-se gradativamente mais violenta, causando lesões graves ou até mesmo mortes, como o famoso caso de Edison Tsung Chi Hsueh, calouro da Faculdade de Medicina da USP, morto afogado por não saber nadar em um trote estudantil em 1999.
Devido às inúmeras consequências, muitas soluções foram expostas para o fim ou a melhora dessa atividade ritualística. Um exemplo é o “trote solidário”, o qual contempla a realização de atividades sociais como a doação de sangue, de comida etc. Essa opção é excelente, além de ser, sobretudo, conscientizadora. Mais interessante ainda seria a realização de festas de integração dos alunos à faculdade em conjunto com uma exposição de trabalhos internos. O aluno, portanto, estaria mais interessado em ir à faculdade, ao invés de querer faltar as primeiras semanas para não sofrer o trote.
José Venas

* Os termos e suas definições foram tirados da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Trote_estudantil).

sábado, 16 de fevereiro de 2008

E (não)é mais uma vez na América


Faltando pouco menos de 9 meses para as eleições presidenciais norte-americanas, o mundo já se questiona quais os possíveis caminhos que a maior potência mundial pode vir a seguir.

Durante os oito anos do governo de George W. Bush, o mundo assistiu a uma ascensão do neocorsevadorismo, uma insólida aliaça entre a direita religiosa mais insuflada e os setores mais elitizados do país, construída a partir de um contraditório discurso do medo. Segundo esta corrente, o Estado não deve intervir na economia, ao mesmo tempo, deve ser preponderantemente invasivo nas questões comportamentais, como a proibição do aborto e da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Este modelo, contudo, foi bastante desgastado. A Era Bush deixa como legado uma economia desacelarada, o aumento do número de desempregados, o corte de impostos para as camadas mais ricas, a ausência de uma política resolutória para a questão da imigração, uma mal-sucedida invasão militar no Iraque, motivada vale ressaltar, por argumentos questionabilíssimos, e uma das piores imagens do país no exterior em toda história.

Tudo isto contribuiu para um acentuado declínio do seu partido, os republicanos, com as vitórias dos candidatos do Partido Democrata em 2005, que levaram a uma maioria oposicionista na Casa dos Representantes e no Senado. É natural, consequentemente, o favoritismo dos candidatos democratas sobre os do GOP(como os militantes republicanos chamam sua agremiação).

Nenhum pré-candidato republicano procura se intitular "legítimo herdeiro da Era Bush", Rudolph Giuliani tem uma postura bastante liberal em relação a comportamento, Ron Paul adota uma postura excessivamente libertária, de não-intervencionista, contra subsídios e ações militares, o pastor batista Mike Huckabee folcloricamente abraça a direita religiosa tradicional e Mitt Romney comumente se diz inspirado pelo conservadorismo de outro ícone americano: Ronald Reagn. Após a desistência dos candidatos mais competitivos, John McCain francamente desponta como favorito. Este experiente senador de 72 anos do Arizona, contudo, sofre pela rejeição de setores mais conservadores do partido pela sua postura de tolerância e apoio a legalização dos imigrantes, sendo taxado até de "pouco conservador". Num país onde o voto não é obrigatório, a ausência do eleitorado evangélico, por exemplo, pode fazer toda a diferença. E, neste clima de questionamentos existenciais, o partido que governou 24 dos últimos 32 anos da história americana entra, agora, na defensiva.

Já no Partido Democrata, a peleja é muito mais acirrada e entusiasmante. Após muitas prévias e a desistência de interessantes figuras como o hispânico governador do Novo México e ex-secretário de Energia Bill Richardson e do ex-senador de "retórica paternalista" John Edwards, consolidam-se as mais fascinantes e magnéticas opções: a senadora de Nova York e ex-primeira-dama Hillary Clinton e o senador de Illinois Barack Obama. É a inédita consistente chance de uma mulher ou um negro ocupar a Casa Branca e, sob muitos prismas, o cargo mais importante do mundo.

A primeira candidata se utiliza principalmente de sua experiência administrativa na última gestão democrata no nível federal, de sua maior trajetória no Senado americano e do prestígio e popularidade do seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. Hillary é formada em Yale, a melhor e mais concorrida escola de Direito do país, na década de 1980 foi considerada top-10 entre os advogados americanos mesmo atuando na provinciana Little Rock, capital do secundário estado do Arkansas e é uma das cabeças mais atuantes e influentes do parlamento. Embora tenha todo este currículo, seus críticos justamente a acusam de não ser uma candidata tão "self-made woman", justamente pela sua imagem estar tão atrelada ao esposo. Inicialmente, chegou a liderar com folga as pesquisas nacionais por ser uma das figuras mais conhecidas da nação e logo atrair atenção de jornais e talk-shows. Com o início das prévias e, por isto, a maior exposição de seu principal adversário, Barack Obama, a Clinton da vez perdeu terreno: parte do eleitorado negro, que tendia a ela inicialmente, por exemplo, migrou e houve derrotas que, inicialmente, não eram tão esperadas, como nas primárias de Iowa e South Caroline. Hillary, basicamente, venceu na maioria dos estados tradicionalmente democratas como New York, New Jersey, California e Massachusetts, o que não é, necessariamente, um indicador muito bom: são locais em que um candidato democrata, seja ele qual for, deve vencer com relativa facilidade em novembro. É mais atrativa entre os pobres, mulheres e eleitores de origem latina. Até esta grande vantagem nestas fatias, porém, na qual é hegemônica já demonstra sinais de diminuição gradual. Tudo isto levou a um marketing de campanha cada dia mais agressivo. Bate, insistentemente, na tecla de que é uma candidatura mais consistente, tem um melhor e mais claro plano de governo, procura, assim, dar um mais pragmático a campanha, em contraste com o "carisma superficial" de Obama.

No outro lado, temos um roteiro hollywoodiano ambulante, uma versão africanizada de John Kennedy. Com todas as críticas possíveis a Barack Obama, é inegável sua ascensão na política estadunidense. Nascido em Honolu(sim, aquela cidade-paraíso dos surfistas localizada no simpático arquipélago do Hawaii), é filho de mulher branca do meio-oeste americano, mais precisamente do estado do Kansas(tamanho o conservadorismo por lá que é proibido se ensinar nas escolas o ideário evolucionista de Charles Darwin), e de um queniano de formação muçulmana(um detalhe curioso desta parte da família é que o nome do meio do pré-candidato é, nada mais, nado menos, do que Hussein). Viveu a infância e parte da adolescência na Indonésia, depois retornando ao Hawaii para concluir os estudos na casa de sua avó, branca. Está longe de ser, portanto, um clássico exemplo de afro-americano. Graduou-se, então, em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade de Columbia e depois formou-se em Direito pela prestigiosa Harvard. Casou-se com a também negra Michelle Robinson, sua colega do curso no último curso, e escolheu morar num subúrbio de afrodescendentes em Chicago. Lá dedicou-se, basicamente, a defender causas das pessoas mais pobres e à ação social. Em 1996, elegeu-se senador estadual e, depois de uma fracassada candidatura a Casa dos Representantes em 2000, elegeu-se, surpreendentemente, senador em 2004, derrotando Alan Keys, uma das mais importantes lideranças negras do Partido Republicano, ex-secretário do governo Reagan e atual embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas(ONU). Em 2006, resolveu lançar-se a presidência. Entre todos os aspirantes até agora, é o mais novo, tem apenas 46 anos. Cultiva a idéia de que é um "outsider" da política, alguém avesso às viciadas regras do estabilishment. Foge do discurso racial, segundo ele, "não faz política baseado na vitimização" e "enxerga todos os americanos como americanos", o que é, possivelmente, um sinal de maturidade. Utilizando-se de um enorme carisma messiânico, de um fenomenal apelo e de uma retórica sobre "mudanda real", "esperança" e "união", viu nascer uma verdadeira "obamamania". É, disparadamente, o candidato mais mobilizador entre os jovens e as celebridades de Hollywooed. Após receber apoio da popularíssima apresentadora Oprah Winfrey e do líder do movimento negro americano Jesse Jackson, este último, um exponencial aliado de Bill Clinton, viu sua candidatura crescer muito entre os negros. É, também, o favorito entre os mais ricos. Quanto mais nebulosa é o resultado derradeiro dos democratas, mais forte se torna, pois fica, assim, gradativamente mais conhecido. Obama é mais forte também nos estados tradicionalmente republicanos e onde há uma disputa mais acirrada entre os dois partidos, o que é fundamental num ano de desunião interna dos rivais. Os oponentes, entretanto, o acusam de ser um candidato raso, com um discurso cheio de frases de efeito e poucas propostas efetivas, além de acusações de inexperiência e até ingenuidade. Capitaliza-se, todavia, porque, ao contrário de Hillary, foi, terminantemente, contra a invasão do Iraque(um denominador comum dos democratas) deste o início, por exemplo. Dentre suas principais propostas, destacam-se medidas de prevenção ao meio ambiente, uma política externa de tom conciliatório e um maior fechamento das barreiras alfandegárias para evitar a "exportação de empregos". Tudo isto, ainda é pouco. Ele, contudo, parece não se importar, quer continuar sendo o "novo" e isto, aparentemente, já lhe basta.


Nos últimos debates, em especial o realizado em Los Angeles na California, o que se viu foi um tom mais amistoso, porém duas posturas bem distintas. Enquanto Hillary falava de "health care" e "imigration", Obama parecia não se importar com a variedade dos questionamentos: suas frases eram sempre repletas de simpáticos "hopeless", "changement" e "work", fora todos os seus encantadores bordões. O mais incrível de tudo é que "Yes, he can".
Otávio Bessa

Cloverfield - Monstro


Antes da sua estréia, Cloverfield já possuía alguns atrativos interessantes, ainda que pouco conhecidos pelo grande público. Um grupo, porém, sabia muito bem do que se tratava o filme e de quem estava por trás dele. Esse grupo é, antes de tudo, altamente ativo. E no maior meio existente, meio sem limites, que não pode ser tocado nem sentido, mas altamente manipulável e influenciável. A maior campanha de marketing do filme estava indiretamente na mão de jovens freqüentadores assíduos da internet, que divulgavam vídeos e faziam questionamentos sobre o que seria a tal criatura do filme. Essa divulgação deu certo. Em três dias, o filme faturou US$ 46 milhões nos EUA, US$ 16 milhões a mais do que seu custo de produção. Porém, um nome foi fundamental para que esses jovens “produzissem” o filme. Esse nome é J.J.Abrams, mais conhecido por produzir séries televisas de sucesso, como os fenômenos ‘Alias’ e ‘Lost’. E os jovens o vangloriam, conhecem sua criatividade que é, sem dúvidas, acima da média. O cara é bom. E Cloverfield prova isso.

O filme possui uma fórmula quase inédita. Ele é todo filmado em primeira pessoa, de forma amadora, com imagens distorcidas. Esse ângulo já foi explorado em ‘A Bruxa de Blair’, mas não deixa de ser original. Aqui, a história se torna muito mais assustadora. O roteiro nos coloca na cidade mais importante do mundo, aparentemente indestrutível, uma fortaleza auto-suficiente, mas que se torna altamente vulnerável por alguma coisa, que ninguém sabe ao certo o que é, e esse é o ponto forte do filme, a base de tudo.

A história é simples. Um grupo de jovens nova-iorquinos promove uma festa de despedida para um amigo, Rob Hawkins (Michael Stahl-David), recém-promovido a um cargo importante em uma empresa situada no Japão. Porém, a festa é interrompida por misteriosas explosões em Manhattan. Enquanto isso, o melhor amigo de Rob, Hud Platt (T.J. Miller), que filmava a ocasião festiva, decide continuar com a câmera na mão. E é por essa câmera que vimos todo o filme. Quando a cabeça da Estátua da Liberdade é arremessada violentamente, a situação deixa de ser somente curiosa e passa a ser desesperadora. A regra é sobreviver de uma ameaça desconhecida. Run, run, run!

Em tempos de globalização, onde as informações são rápidas como a luz, a falta delas é um dos principais objetos de tensão do filme. Uma multidão desesperada foge de algo, mas não sabe ao certo o que é. E o público é, competentemente, guiado com essa multidão. Quando menos se espera, já estamos na história. Estamos correndo também, ficamos com medo de qualquer barulho ou movimento que pareça estranho, temos medo de perder um companheiro nessa saga alucinante e, aos poucos, conhecemos o inimigo, aquele que provocou todo o caos. E ele assusta.

Essa interação deve-se à segura direção do pouco conhecido Matt Reeves, que torna tudo bizarramente real. Além disso, a falta de atores consagrados permite que nos identifiquemos com os personagens e esqueçamos em certos momentos que presenciamos uma ficção.
O filme teve opiniões diversas. Talvez o público ainda não esteja acostumado a novas fórmulas, novos ângulos. O filme, obviamente, tem seus defeitos. Ele perde o ritmo em determinados momentos, cai em alguns clichês comuns em películas hollywoodianas. Apesar de tudo, o filme pretende ser apenas uma diversão, uma alternativa diferente de entretenimento que merece ser vista e que pode, sim, ser a pioneira de uma nova tendência para filmes do gênero.


Alexandre Rios


"NBA and me"


Para iniciar nossa aventura digital, nada mais salutar do que um misto de cultura, saúde e paixão: esporte! A vida, ora bolas, todo mundo sabe, imita os campos e as quadras!
Ok, chamem-me de alienado, acusem-me de americanóide! Em se tratando disto, no entanto, sou uma grande e convicta vítima do imperialismo: minha histórica empolgação com NBA, desde a minha mais tenra infância, é, de fato, quase que um hollywoodiano roteiro "popcorn".
Tudo começa lá pelos meus 6, 7 anos. Na época, a liga crescia muito no Brasil, seus jogos eram trasmitidos em TV aberta, o hiper-trash-cult filme infantil "Space Jam" foi um dos maiores sucessos cinematográficos dos idos de 1996 e eu acabara de colocar uma antena da finada DirecTV em meu lar. Meu pai havia me dado um álbum de figurinhas dos jogadores da NBA e minha fita( sim, isto um dia existiu, até mesmo depois da extinção dos dinossauros) favorita do meu carismático Super NES( fósseis indicam que os neandertais se amarravam nele) era também a de um jogo da legendária liga de basquete dos EUA. Aquilo me exercia um enorme fascínio. Lembro que passei a procurar todo tipo de informação daquele campeonato e dos seus respectivos jogadores: decorava de que universidades eram oriundos, sua média de pontos, em que time haviam jogados etc. Comecei a acompanhar os jogos na Band, na ESPN e na TNT(sim, na TNT!). As trasmissões eram um destaque a parte, desde o clássico, talentoso e um pouco mais bronco no assunto Luciano do Valle à poliesportiva equipe da ESPN, que trasmitiam os jogos direto dos estúdios em Connecticut. Estes últimos eram sensacionais: além de serem muito informados, carismáticos e divertidos, tinham até um caráter "mítico"( os rostos de Roby Porto, Régis Nestrowiski, Fábio Malavazzi e cia não eram mostrados na telinha, ao mesmo tempo, suas vozes eram inconfudíveis). Das transmissões da gringa, o grande destaque era do catarinense Ivan Zimermann com seus bordões ímpares, milhares de brasileiros imitavam-no com animação: era um Sílvio Luiz, um Januário de Oliveira de tempos globalizados. E, dentro das quadras, pretensamente digo que peguei a melhor fase da história: ah, eram os tempos de Michael Jordan!
É claro que não acompanhei as carreiras de Larry Bird, Magic Johnson, Isiah Thomas ou Wilt Chamberlain, só para citar alguns outros deuses do esporte, mas os búfalos de Chicago treinados por Phil Jackson eram simplesmente "mitológicos". O time formado por Michael Jordan, Scottie Pippen, Dennins Rodman, Luc Longley e Ron Harper foi a minha versão do "Santos do Pelé": algo de outra dimensão! Personagens como Glen Rice, Alonzo Morning, Eddie Jones, Charles Barkley ou Gary Payton me pareciam tão incríveis e heróicos como o Poderoso Thor ou o Espetacular Homem-Aranha. Os conflitos derradeiros entre o Chicago Bulls e o Utah Jazz(este nome é um curiosíssima antítese) eram a verdadeira Titanomaquia. Karl Malone, John Stockton, Jeff Hornaceck e Greg Ostertag eram os antagonistas perfeitos para a máquina sediada em Illinois. Estas derradeiras batalhas me traspareciam uma épica disputa entre X-Man e Liga da Justiça: aquilo era até mesmo poético. Partidas cheias de enterradas, ponte áereas, faltas táticas, ganchos, jogadas decisivas geniais e muito talento: uma didática e surpreendente aula de basquetebol(ou seria "basketball"?). Poderia citar outras grandes estrelas que adorava como Allan Houston, Latrell Sprewell, Kobe Bryant(este até hoje bastante destacável), Grant Hill, entre outros, além de alguns casos especialmente brilhantes; no momento, entretanto, estou sem tempo e espaço( tomara ainda escrever um livro sobre a NBA naquele glorioso tempo) tamanho o encanto que tudo aquilo me gerava!
Aproveitando que este sábado é o "All-Star Weekend" e "recordar é viver", aproveitei para viver, quer dizer, recordar! Mesmo que o LeBron James, Carmelo Anthony e o Vince Carter(este inclusive me lembro jogando na Universty of North Caroline) não tenham o mesmo charme dos gloriosos ícones do passado recente, vale muito a pena conferir. Xinguem-me de saudosista se quiserem depois!


Otávio Bessa