sábado, 16 de fevereiro de 2008

"NBA and me"


Para iniciar nossa aventura digital, nada mais salutar do que um misto de cultura, saúde e paixão: esporte! A vida, ora bolas, todo mundo sabe, imita os campos e as quadras!
Ok, chamem-me de alienado, acusem-me de americanóide! Em se tratando disto, no entanto, sou uma grande e convicta vítima do imperialismo: minha histórica empolgação com NBA, desde a minha mais tenra infância, é, de fato, quase que um hollywoodiano roteiro "popcorn".
Tudo começa lá pelos meus 6, 7 anos. Na época, a liga crescia muito no Brasil, seus jogos eram trasmitidos em TV aberta, o hiper-trash-cult filme infantil "Space Jam" foi um dos maiores sucessos cinematográficos dos idos de 1996 e eu acabara de colocar uma antena da finada DirecTV em meu lar. Meu pai havia me dado um álbum de figurinhas dos jogadores da NBA e minha fita( sim, isto um dia existiu, até mesmo depois da extinção dos dinossauros) favorita do meu carismático Super NES( fósseis indicam que os neandertais se amarravam nele) era também a de um jogo da legendária liga de basquete dos EUA. Aquilo me exercia um enorme fascínio. Lembro que passei a procurar todo tipo de informação daquele campeonato e dos seus respectivos jogadores: decorava de que universidades eram oriundos, sua média de pontos, em que time haviam jogados etc. Comecei a acompanhar os jogos na Band, na ESPN e na TNT(sim, na TNT!). As trasmissões eram um destaque a parte, desde o clássico, talentoso e um pouco mais bronco no assunto Luciano do Valle à poliesportiva equipe da ESPN, que trasmitiam os jogos direto dos estúdios em Connecticut. Estes últimos eram sensacionais: além de serem muito informados, carismáticos e divertidos, tinham até um caráter "mítico"( os rostos de Roby Porto, Régis Nestrowiski, Fábio Malavazzi e cia não eram mostrados na telinha, ao mesmo tempo, suas vozes eram inconfudíveis). Das transmissões da gringa, o grande destaque era do catarinense Ivan Zimermann com seus bordões ímpares, milhares de brasileiros imitavam-no com animação: era um Sílvio Luiz, um Januário de Oliveira de tempos globalizados. E, dentro das quadras, pretensamente digo que peguei a melhor fase da história: ah, eram os tempos de Michael Jordan!
É claro que não acompanhei as carreiras de Larry Bird, Magic Johnson, Isiah Thomas ou Wilt Chamberlain, só para citar alguns outros deuses do esporte, mas os búfalos de Chicago treinados por Phil Jackson eram simplesmente "mitológicos". O time formado por Michael Jordan, Scottie Pippen, Dennins Rodman, Luc Longley e Ron Harper foi a minha versão do "Santos do Pelé": algo de outra dimensão! Personagens como Glen Rice, Alonzo Morning, Eddie Jones, Charles Barkley ou Gary Payton me pareciam tão incríveis e heróicos como o Poderoso Thor ou o Espetacular Homem-Aranha. Os conflitos derradeiros entre o Chicago Bulls e o Utah Jazz(este nome é um curiosíssima antítese) eram a verdadeira Titanomaquia. Karl Malone, John Stockton, Jeff Hornaceck e Greg Ostertag eram os antagonistas perfeitos para a máquina sediada em Illinois. Estas derradeiras batalhas me traspareciam uma épica disputa entre X-Man e Liga da Justiça: aquilo era até mesmo poético. Partidas cheias de enterradas, ponte áereas, faltas táticas, ganchos, jogadas decisivas geniais e muito talento: uma didática e surpreendente aula de basquetebol(ou seria "basketball"?). Poderia citar outras grandes estrelas que adorava como Allan Houston, Latrell Sprewell, Kobe Bryant(este até hoje bastante destacável), Grant Hill, entre outros, além de alguns casos especialmente brilhantes; no momento, entretanto, estou sem tempo e espaço( tomara ainda escrever um livro sobre a NBA naquele glorioso tempo) tamanho o encanto que tudo aquilo me gerava!
Aproveitando que este sábado é o "All-Star Weekend" e "recordar é viver", aproveitei para viver, quer dizer, recordar! Mesmo que o LeBron James, Carmelo Anthony e o Vince Carter(este inclusive me lembro jogando na Universty of North Caroline) não tenham o mesmo charme dos gloriosos ícones do passado recente, vale muito a pena conferir. Xinguem-me de saudosista se quiserem depois!


Otávio Bessa

2 comentários:

Anônimo disse...

gostei do blog, muito bem escrito!
grande abraço!

Bruno Bueno disse...

Boa postagem essa da NBA, lembro do space jam e do chigago, prinicpalmente do boné lindão do chigago que me roubaram, shuahs.. Acompanhei a Nba de 2004 ateh 2007 onde comecei a torcer pelo spurs talvez tambem pelas cores serem as mesmas do Glorioso das Minas Gerais.. td d bom pra vc e pro blog!